quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Broke Side – Cap 38

38

O homem com cabelos loiros longos que caiam sobre a testa e olhos amendoados andava concentrado escondendo-se entre as paredes do hospital tão atento que era improvável deixar escapar algum detalhe. Olhava em cada canto, não podia deixar que ninguém mais os visse como aquela senhora havia visto pela manhã quando Débora derrubara os copos no corredor e logo depois obrigando-os a se esconder as pressas no armário de uniformes. Ela ficara nervosa ao lembrar daquela cena que mesmo de um passado distante parecia tão viva agora que tinha que revivê-la. Sua mão pequena passou pela barriga de Leonardo buscando abrigo no calor dos seus braços e sem pensar ele a acolheu entre as suas dando um beijo rápido na testa da menina atrás de si, parecia determinada. Tinha um olhar marcante, usava um vestido rosa claro até os joelhos com estampas floridas e um cinto marcando a cintura, o rapaz por sua vez usava calça jens surrada, sapatos pretos e uma camisa preta aberta uns três botões o suficiente para mostrar um cordão fino de ouro com um pingente com a forma de cruz que usava sempre.

_ Tente não derrubar nada dessa vez Debby.
_ Sinto muito, eu não pude me conter... Esse lugar me traz uma sensação ruim.
_ É o medo, mas estamos aqui para isso, para enfrentar nosso medo.Não vamos deixar que aconteça novamente!
_ Não pode acontecer está tudo tão bem dessa vez. Porque tem sempre que ter um para atrapalhar?

Ele riu enquanto apertava a mãozinha dela entre as suas. Estavam parados no corredor que cruzava direto para o quarto 520, Debby olhava para a porta entreaberta melancolicamente. A determinação se misturava com o medo, afundou o rosto nas costas de Leonardo suspirando de alívio por saber que a presença dele podia tranquiliza-la.

_ Ora, a vida seria muito chata sem desafios.
_ Diz isso porque agora podemos estar juntos mas não estaremos mais se deixar-mos aquela vaca me matar.
_ Ela não vai fazer isso, estamos aqui para mudar isso.

Leonardo virou-se para Débora segurando seu rosto entre as mãos e beijou seus lábios transmitindo todo amor que sentia.

_ Vá, vou esperar aqui.
_ Debby... Cuidado com aquela Senhora.
_ Sim, ela é bem esperta.

A sensação de entrar naquele mesmo lugar e ver Diana tão pálida era horrível, dava a sensação de vazio que a muito não sentia. O fato era que por algum motivo sem compreenção naquela noite um desastre aconteceria e tinha que evitar isso de alguma forma. Alguns minutos se passaram, ao longe ouvia os passos de Bruna que ia de quarto em quarto observar os pacientes e verificar como estavam passando a noite. O mínimo descuido foi suficiente para que aquele mulher entrasse ás escondidas no hospital e encontrasse o quarto de Diana, seus passos eram quase inaudíveis apenas reconhecia porque era justamente a quem estava esperando. Ela entrou no quarto no momento em que a enfermeira não estava e todos os pacientes dormiam, Leo escondeu-se em um pulo o escuro da noite ajudava a passar despercebido entre as sombas abaixo da cama, foi tudo muito rápido em segundos podia ver os pés com salto agulha preto se aproximar da cama. Leo tinha que descobrir quem fizera isso, porque alguém iria desejar que essa criança não nascesse e ainda mais querer a morte de Diana ele sabia que já não podia respirar quando viu em relance a mão da menina pendurada para fora dos lençóis, se debatia buscando ajuda mas a voz não saia. A vontade que tinha era de sair correndo agarrar o pescoço daquela mulher e fazê-la pagar pelo que estava acontecendo com sua Diana mas não podia esperou que a mulher saisse e as pressas colocou novamente o tubo no lugar. Aquela menina estava apavorada seus olhos se abriram apavorados quando sentiram o ar voltar como desesperado a seus pulmões, os olhos esbugalhados de medo, as mãos movendo-se na direção de Léo como se soubesse que ele a-havia salvado da morte. Ela sabia, aquele sorriso meigo era a prova ele ainda sentia raiva pelo que tinha presenciado ainda não sabia quem havia feito isso mas Debby saberia ela estava lá fora vigiando. Ele passava a mão pelos cabelos da menina, acalmando-a essa sensação era única. Estar ao lado dela sabendo que havia evitado a dor que Seu “eu” do passado sentiria, agora não seria mais necessário.

_ Descanse, tudo vai ficar bem agora.

Dih olhava para aquele rapaz a sua frente confusa, aqueles olhos, o jeito que o cabelo caia sobre o rosto, o sorriso tudo era tão parecido. Mas era impossível, ela só podia estar delirando.

_ Quem é você ?

_ Não se preocupe com essa parte, sou alguém que te ama muito.

Isso era tão estranho, não podia estar falando sério, ele se parecia tanto com Liana, os traços do rosto que deixava uma forma angelical, os cílios grandes o brilho os olhos amendoados. Com uma diferença, ele era um Homem!

_ Você... É... Eu só posso estar sonhando.

Leo deu um piscadela para a menina, ele estava apenas confirmando suas especulações é obviu que não estava ficando maluca era exatamente isso. Ele ERA a Liana, só que o passado dela.

_ Como me encontrou?

_ Sempre vamos nos encontrar Diana, tenho que ir. Durma, amanhã será um longo dia!

Antes que perdesse a noção do tempo Léo virou as costas em direção a porta, deu um suspiro voltando a concentração. Parecia até pecado deixá-la tão indefeza naquela cama sozinha mas tinha que ir antes que Bruna voltasse, seu coração doía por deixá-la. Era incrível como podia se apaixonar de novo por ela tão facilmente, mas sabia que pela manhã ele viria para vê-la e estaria ao seu lado... E então, tudo estaria bem. Diana estendeu a mão na direção do rapaz que saia como se pudesse detê-lo, mas apenas lhe fez uma pergunta...

_ Como se chama? ( Leo virou-se sorrindo contendo-se em apenas responder )
_ Leonardo... É engraçado, que eu tenha vindo como uma garota... ( O comentário parecia ser mais pessoal do que uma pergunta. Mesmo assim Diana retribuiu o olhar doce com o mesmo sorriso, aquele que Leo tanto amava e o-fazia se perder no tempo ).

_ A vida não teria graça sem desafios.
_ Você cresceu tanto... Me deixou orgulhoso!

Aquilo bastou, não precisava ser dito mais nenhuma palavra. Ao sair Leonardo esboçava um sorriso bobo quando viu Debby saltitante correr para seus braços e mais uma vez sentiu seu coração bater forte pulando contra o peito, beijou-a profundamente. Estava tudo acabado, tirando uma parte... Ela havia fugido e poderia causar mais problemas pela frente.

_ Acho que fizemos uma besteira.
_ Porque diz isso?
_ Amor, aquela mulher... Ela fugiu. Eu não tive escolha, ou a capturava ou salvava sua vida. Não podia correr o risco de perder você!

Debora sorria ainda mais ao envolver os braços sobre o pescoço do amado, ela mesma havia cuidado daquela mulher.

_ Quer dizer, ela? ( Apontou para um espaço no canto entre o bebedouro e a planta que enfeitava o corredor e alí estava... A madrasta de Diana, mulher de seu pai toda amarrada e amordaçada sentada no chão debatendo-se desesperadamente ) Eu cuidei pessoalmente da Jararaca.

_ Tenho muita sorte em ter você comigo! Sabia?
_ Eu sei disso.
_ Convencida, acho que lhe ensinei coisas demais até. O que faremos com ela agora?
_ Chamamos a polícia ela vai presa e final feliz para todo mundo. Acha que... Ela contará a alguém sobre você? ( Debby se referia a si mesma, era estranho tentar imaginar suas próprias reações )
_ Não, vai ficar tudo bem. Ela entendeu o recado!

Débora confirmou com a cabeça recebendo mais um beijo delicado de Leo sobre os lábios. Estavam tão destraidos que não perceberam que a Senhora Marim estava observando de sua cadeira, se aproximou empurrando as rodas na direção do casal sorridente. Era de se esperar que se assustassem, Debby deu um pulo ao ver a Senhora ao lado deles como se houvesse surgido do nada.

_ Então já irão voltar? ( Leo fez que sim com a cabeça )
_ Sim, está na hora.
_ Fizeram um ótimo trabalho, mas é perigoso alterar o tempo. Podia ter causado uma confusão terrível e até acabado com suas futuras existências.
_ Eu sei disso, mas não podia deixar que tudo acabasse dessa forma.
_ Agradeçam pelo sucesso a Deus! Agora voltem, a passagem não ficará aberta para sempre!
_ Obrigada mestra. ( Debby deu um beijo carinhoso sobre a bochecha de Marim seguida por Leonardo )
_ Chega dessa melação, também os-amo tem apenas 30 minutos.
_ E essa daí?
_ Sua ideia é ótima, joguem-a na porta principal eu vou ligar para a polícia. Uma denúncia anônima, deixem a porta da entrada quebrada antes de sairem... Isso vai alertar as enfermeiras de plantão.
_ Boa Sorte Marim.
_ Boa Sorte Mestra!
Os jovens sairam correndo para obedecer as ordens de Marim e logo após voltariam para seu determinado tempo, essa Senhora não era uma simples velinha, era uma sábia... No tempo de Léo e Debby ela tinha poder sobre magias e espiritismo e proporcionou-os uma única chance de voltarem para mudar o final dessa história. E aceitaram de primeira, tinham que lutar por seu amor... Lutar para impedir que mais uma vez todos os sacrifícios fossem jogados fora.
O som dos vidros quebrados assustou a todos, sairam correndo para chamar ajuda e logo haviam carros de polícia por todos os lados na frente do hospital, do seu quarto Diana já imaginava que isso teria algo haver com o que tinha acontecido na noite anterior. Era Leo ele devia ter pego a pessoa que tentou matá-la, ainda podia lembrar do rosto de Leo preocupado acariciando o dela. Era o mesmo toque, a mesma sensação. Não fazia a menor ideia de como isso podia ter acontecido, mas será que tudo tem mesmo que ter uma explicação? Nesse momento não. Podia conviver com essa dúvida, talvez um anjo tenha salvado ela... Um anjo do passado! Sua Liana, sempre a salvaria. O alvoroço essa total pessoas correndo de um lado para o outro investigando local, policiais faziam perguntas sem sentindo para as enfermeiras que nada haviam visto. As câmeras estavam queimadas, não sabe-se como. No fim das contas concluiram que a denúncia estava certa. Aquela mulher amordaçada havia planejado uma invazão ao hospital para roubar medicamentos e havia sido pega por um cidadão e deixada enfrente ao hospítal como um prato à mesa para ser levada a delegacia. Aos poucos foram deixando o lugar, tanto os curiosos quanto os investigadores da polícia.

O dia amanheceu atordoado, Lia levantou-se da cama com o barulho da televisão ligada passando uma notícia que de início não prestou atenção. Sua mãe eufórica começou a gritar levantando da cadeira e correndo para o quarto de Lia largando a TV na sala ligada. A porta foi aberta com força fazendo um barrulho enorme ao bater na parede, o susto que levou foi o bastante para derrubá-la da cama diretamente encima do tapete azul-marinho que cobria o quarto, sua cabeça bateu firme no chão.

_ Não, não, não pode ter acontecido isso! ( A mãe de Lia gritava eufórica ao abrir a porta )
_ O que houve mãe ? Vai me matar do coração... ( Sentou-se passando a mão sobre os cabelos onde havia machucado. Olhava para sua mãe como se não estivesse entendendo nada. )
_ O hospital onde a Diana está... Foi invadido ontem a noite, prenderam uma das comandantes da quadrilha mas os outros integrantes conseguiram escapar.
_ Invadido ?

A única coisa que passava na cabeça da menina sentada ao chão era o medo. Não conseguia falar, nem se mover, estava branca como papel seus olhos fixos no de sua mãe expressavam a preocupação contidos.

_ Temos que ir até lá. AGORA!
_ Diana está bem?
_ A lider da quadrilha que foi presa é a mulher de seu pai ela invadiu o hospital ontem a noite. Temos que ver a minha menina!
_ O QUE ?

Em poucos segundos Liana estava de pé arrumada e pronta. Foi correndo para o hospital junto com sua mãe, nem ao menos teve tempo de avisar aos amigos dela. Só queria estar ao lado de Diana, saber se aquela jararaca havia feito alguma maldade a ela e NUNCA, NUNCA mais sair de perto de Dih nem que o mundo estivesse acabando. O hospital estava abarrotado de familiares dos pacientes que passaram mal e foram transferidos para outro lugar por causa do ocorrido, o som de ambulâncias e muitos carros de um lado para o outro fazendo as transferências e as enfermeiras unidas na entrada acalmando os familiares.

Broke Side – Cap 37

37



Lia estava visivelmente nervosa com a demora daquela simples consulta. Fernando e Matheus andavam angustiados de um lado para o outro da pequena sala de espera branca e brilhante. Os funcionários do hospital transitavam agitados com pacientes em estado grave e sua expressão tranqüila conseguia aumentar a tensão entre os três amigos, eles andavam em círculos envoltos da mesinha de centro quadrados que enfeitava o local.
"Como podem estar tão tranqüilos? Esses seres não têm coração! Bando de psicopatas incubados"
_Chega! Eu não agüento esperar, já faz uma hora que a Diana entrou e ninguém me fala absolutamente nada.
_Calma Lia temos que esperar.
_ Esperar o caramba Fernando, eu vou invadir aquela sala se não me disserem como minha Dih está. (A menina foi em direção a uma das enfermeiras que circulava pelos corredores puxando-a pela manga do uniforme)
_ Sim, em que posso ajudá-la?
_Quero notícias sobre Diana Vonuck
_ A Srt é parente da paciente?
_ Eu sou a... (Fernando impediu-a de dizer algo tapando a boca de lia bem a tempo)
_ Eu sou irmão da Diana.
_ Certo, pode me acompanhar.
_ Eu já volto, não faça besteiras ouviu bem? Fique com Matheus.
_ Idiota!
_ Também te amo, agora vá.
A enfermeira tinha cabelos pretos que caiam sobre as costas até o ombro, um olhar doce que transmitia calma era algo incomum, a cor dourada do seu olhar, corpo esbelto esticado, a pele clara combinava com o hospital, ela tinha um charme diferente e a cor dos cabelos em contraste com a roupa branca dava um diferencial à garota, sua voz era baixa e meiga, quase um sussurro por entre seus lábios. Guiou-o até o quarto 520 onde abriu a porta mostrando Diana deitada sobre a maca como se dormisse tranquilamente enquanto um médico de cabelo curto com cachos bem definidos a examinava.
_ Esta é a sala, sinto muito não poder deixá-lo ficar muito tempo. Dr. Alfredo está fazendo os exames necessários em sua irmã.
_ Não se preocupe, agradeço pela ajuda. Minha amiga lá fora é um pouco... Eufórica (A enfermeira deu uma risada baixa divertida enquanto olhava delicada para Fernando)
_ Ela me diverte! Já estou acostumada.
_ Como se chama?
_ Bruna.
_ Prazer em conhecê-la.
_ Com sua licença, tem 20 minutos.
Por uns segundos Nando ficou parado na porta observando Bruna se afastar dele encantando, entrou na sala em silêncio, provavelmente o médico ali presente havia se dado conta de sua presença assim que chegou junto a Bruna. Olhava atentamente para Diana, a menina tinha uma coloração um pouco pálida, seus lábios esbranquiçados, era para ser apenas uma consulta, mas ele sabia muito bem o que estava acontecendo.
_ Ela está melhor Dr. Alfredo?
_ Ficará bem, não tema.
_ É uma grande amiga, acha que o bebê está a salvo?
_ Sim, ela tem uma anemia normal para a gravidez. Descobri há um tempo, porém Diana não me ouviu e deixou de lado a medicação que indiquei, quando chegou passando mal eu já imaginava o que seria o motivo.
_ Essa boba, sempre nos esconde as coisas. Liana vai ficar furiosa com ela!
_ Sinto informar que ela ficará em observação por essa noite só para me concretizar de que estarão controlados os efeitos.
O rapaz se aproximou de Diana passando a mão sobre seu cabelo desalinhado sobre o travesseiro de plumas, estava preocupado com a mesma. O procedimento pelo qual passaram para a inseminação fora rápida, mas deixara a mesma estranha por dias, depois a complicação com o bebê e a reação de Lia quando soube que não havia sido um doador anônimo e sim eu quem me oferecera para ser o "pai" da criança. Causou uma briga desnecessária e assim tudo foi se desenrolando desastrosamente até quando as duas finalmente fizeram as pazes no jantar de comemoração onde estavam todos. Selena, Miguel, Eu, Lia, Diana, a cambada toda sentada ao redor da mesa enquanto a mãe de Lia e a mãe de Dih serviam os convidados.
_ Precisamos conversar meninas, não apenas nós quatro como todos nós. Você está sendo ridícula com esse ciúme Lia, não vê que o Nando só quis te fazer uma surpresa?
_ E ele FEZ a surpresa! Não viu?
_ Olha o deboche LIANA ALBINO.
_ Isso não nos levará a lugar algum tia. (Diana levantou-se chateada, porém, foi impedida de se retirar pela mão de Lia que a olhava nos olhos como se no brilho deles pudesse sentir o suave pedido de desculpas, implorando que perdoasse sua atitude insensata.)
_ Não vai, por favor.
_ Acho melhor a senhorita se explicar agorinha e fazer as pazes com a Diana que isso já passou da conta.
Foi o maior alvoroço todos ao redor da mesa começaram a gritas apoiando as palavras da mãe de Liana, com as mãos na cintura e uma expressão furiosa no rosto. Podiam-se ouvir as batidas do pé sobre o chão ritmado, Fernando empolgado gritou um "Isso mesmo Tia coloca ordem na casa" arrancando gargalhadas de todos.
_ Seu gay, cala a boca!
_ Para com isso.
_ Não precisa defender ele, a raiva já passou. (De repente seu semblante ficou entristecido como se um pensamento ruim cruzasse sua mente) Eu só tinha... Inveja dele!
Nesse momento os risos pararam e a senhora com olhar raivoso sentou lentamente na cadeira como se nunca esperasse ouvir aquelas palavras da boca da filha tão derrepente. Diana ficou branca, sabia melhor do que ninguém como Lia era orgulhosa e como era difícil para assumir algo com tamanha importância pessoal na frente de simplesmente um grupo inteiro de amigos e parente mais próximos. Passou então a mão delicada sobre o ombro da namorada, em um pedido silencioso para que não falasse nada mais que já era o suficiente, mas não era o bastante para Liana.
Ela se pôs de pé segurando a mão de Diana fazendo-a sentar novamente na cadeira e inclinar a cabeça na direção de Lia para observá-la melhor.
_ Eu me senti mal por não poder dar algo que queria tanto. Eu nunca posso! Assim como aquele carro que desejava na competição, agora o bebê e tantas outras que nunca pude dar... Só queria alguma vez ser útil a quem eu amo.
Os olhares eram surpresos, estatelados nas faces como se cada um recebera uma bofetada inesperada. Ela se preocupou o bastante para sentir que não conseguia atender as necessidades de Diana.
_ Se um dia Diana te decepcionar, você deixaria de amá-la?
_ Sempre amarei ela.
_ E se algum dia ela se perder ou estiver em um lugar longe e sozinha?
_ Eu a – encontrarei custe o que custar.
_ Lia, você é tudo que a Diana precisa. Não tem que provar nada... Ninguém te substituiria.
_ Ah, Nando.
Um sorriso surgiu entre a face entristecida de Lia e os dois amigos se abraçaram forte durante uns segundos o silêncio era tudo que preenchia o ambiente, Diana levantou-se também e esperou que terminassem o abraço. Aquele olhar a deixou com as bochechas coradas.
_ Como você é linda, como é possível que me apaixone cada vez que vejo seu sorriso?
_ Eu te amo, correção... (Olhou amorosamente para a barriga ainda impossível de ser notada com um sorriso) Nós te amamos demais.
Fernando saiu do transe ao ouvir a voz do Dr. Alfredo perguntando-lhe algo sobre uma menina estética na recepção, deu uma risada divertida acariciando a mão sobre a bochecha pálida de Diana.
_ Vou lá acalmá-la Dr.
_ Me chame de Alfredo, pedirei a Bruna para ficar de olhos bem abertos em Diana essa noite.
_ Agradecemos de coração.
_ Não queremos que nada aconteça a ela, especialmente depois de tudo que passaram. Acredito que o hospital inteiro conhece a história dessas garotas Fernando.
Nando saiu apressado pelos corredores até a recepção, no caminho ouviu um estrondo e em seguida uma pilha de copos caindo no chão. Olhou ao redor, mas nada encontrou a não ser o corredor vazio, virou as costas sussurrando consigo mesmo.
_ Acho que estou vendo coisas...

Os cacos de vidro se espalharam para todo canto, chamando a atenção de todos ao redor. Uma das enfermeiras que acompanhava uma senhora de idade na cadeira de rodas pelo corredor tremia como se houvesse visto um fantasma. Bruna ao correu para socorrer a enfermeira trêmula, segurou sua mão retirando da cadeira de rodas da senhora continuando o caminho para o quarto. Não sabia o que havia acontecido mas parecia que fazer perguntas agora seria inútil, já que a enfermeira Regina Musie estava muda andando ao lado dela enquanto levavam a senhora tranquila até sua cama. Chegando lá parou a cadeira perto da cama e segurou a Senhora Marim pelo tronco forçando para colocá-la deitada, guardou a cadeira no canto do quarto pegando os remédios que estavam acima da cabeceira junto a uma foto de um homem muito bonito fardado em um porta-retrato. A foto era antiga e tinha as bordas rasgadas pelo tempo.

_ Que bonito.

Marim olhou para a fotografia pensativa, sua pele envelhecida refletia a passagem do tempo. Aquele olhar profundo seria reconhecido por Bruna a metros de distância, aquele fora o amor de sua vida! Mas o que teria acontecido aos dois? Porque não estavam mais juntos?

_ Carlitos Franza foi o homem mais lindo que já conheci.
_ Ele... Não está mais entre nós?

Uma risada brincalhona cobriu o ambiente distraindo a enfermeira paralisada que bebia um pouco de água tentando acalmar-se. As palavras saiam lentas como se cada uma pesasse para ser pronunciada, seus 89 anos afinal contaram mais do que imaginava. Marim fora a filha única de uma família da mais alta nobreza, seu pai porém deixara mais duas filhas bastardas que mais a frente roubaram toda sua fortuna assim que o pai faleceu.

_ É muito doce de sua parte dizer dessa forma, porém os anos me mostraram que algumas gentilezas deviam ser deixadas para trás caso quisesse sobreviver. Carlitos faleceu mesmo!

_ Ah, sinto muito.

Era automático sentir a tristeza pela pobre senhora deitada naquela cama de hospital, nem se lembrava de quando havia se internado quando começara a trabalhar em Cabo Frio como auxiliar de enfermagem já se ouvia falar pelos corredores de Marim. Havia bastante tempo que fora largada por aqui e ninguém conseguiu contato com algum parente que se responsabiliza-se a não ser a doce Nelma. Uma menina de 15 anos que se diz ser amiga da senhora e aparece uma vez por semana, porém não tem renda própria e não pode pagar pelos serviços. Depois de quase 2 anos sem encontrar representante Dr. Tulio Braini decidiu mante-la no hospital mesmo sem o pagamento, não poderia simplesmente joga-la no meio da rua por mais que a Senhora dissesse não se importar.

_ Não sinta, ele era o amor de minha vida.
_ Mas então, o que houve com ele?
_ Depois que meu pai faleceu perdi todo meu dinheiro, Carlitos era filho mais velho de um amigo do meu pai. Estava seguindo carreira militar, era encantador. Fomos apresentados mais intimamente quando passei por dificuldades e ele foi o primeiro se não digo o único a estender-me a mão. Nos apaixonamos e daquele dia até o fim de sua vida estivemos juntos!

_ Ah que lindo, mas... Como ele... Faleceu?
_ Foi baleado durante a guerra.
_ Então, essa foi a última vez na qual o-viu?
_ Exatamente.

Bruna estava sem palavras, nunca ouviu a história daquela senhora com tanta profundidade.

_ Porque então você é sempre tão feliz? Não que eu a-queria triste mas passou por tantas dificuldades. Acho que em seu lugar viveria triste e solitária não sorridente como sempre a vemos.

_ Querida, direi algo que te surpreenderá mas deve levar dentro de si sempre. O amor nunca morre! Ele vive dentro de nossos corações para sempre e Carlitos nunca chegou a me deixar ele cuida de mim... Aqui dentro. Me mantem feliz! Mesmo de longe posso sentir suas mão me protegendo, me ajudando nas dificuldades, seu sorriso doce que me acalmava. Tudo vive em mim!

_ Eu... Eu... Não tenho palavras. Histórias como a sua me fazem acreditar que em algum lugar ainda existe alguém para mim.

Antes que pudesse perceber seu rosto já estava banhado em lágrimas que adocicavam seus lábios. Cobriu Marim esperando que o remédio fizesse efeito e saiu com a outra enfermeira que agora já parecia mais calma do que antes.

_ Porque estava daquele jeito?

_ Eu me assustei, com os copos caindo, não vi ninguém alí que pudesse ter derrubado.

_ Ah deixa isso para lá. Não tenha medo!

_ Fácil falar, agora vai presenciar isso para ver como muda a visão.

Ambas riram enquanto mais uma vez passavam pelos corredores, em direção ao outro lado do hospital. A recepção mais uma vez estava mais calma, já que Lia por fim conseguiu permissão para entrar e ver Diana e após só depois disso pode com o coração mais tranquilo esperar o tempo necessário para buscá-la, como não poderia dormir foi junto a Matheus e Fernando até a praia e sentou-se lá observando a forma como o mar lembrava de tantos momentos preciosos que passaram juntas.
As horas passaram rápido quando começaram a combinar nomes, datas, festas tudo relacionada ao bebê que logo viria. A preocupação de todos era que esse parto acontecesse mais cedo do que imaginavam, Dih estava com quase nove meses e isso era motivo suficiente para alarmá-los com o nascimento.

Broke Side – Cap 36

36



Diana levantou e abraçou forte a namorada enchendo sua face de beijos, era a primeira vez que beijava Lia na frente de sua mãe e ainda MENOS na frente da mãe de sua amada. Só que a reação fora tão estranha, pois, todos levantaram e parabenizaram-nas dando beijos e abraços enquanto Liana era eternamente zoada por Adam e Flávia que começaram a combinar os detalhes da viagem que fariam em breve.
Tudo estava em festa desde que as meninas haviam decidido morar juntas e como comemoração a viagem para Fernando de Noronha caiu perfeitamente. Passaram um tempo até maior do que o planejado, mas saiu bem a calhar já que Carol ligara avisando da extensão do prazo para a contratação de Diana na editora do “Estilo Carioca”. O primeiro dia após a incrível viagem chegou e tudo saiu como planejado. Em poucos meses ela já redigia textos reconhecidos por seus superiores e ganhou a estabilidade que tanto desejara. Com Tamanho empenho construíram a casa própria até o fim daquele mesmo ano, em dezembro já estava em decoração que por obséquio havia sido feito pelas duas com personalizações para cada um. O quarto de casal era mais simples. Tinha paredes cor de gelo e piso decorado com os móveis brancos as e persianas negras, uma cama boxe bem grande e confortável onde Lia passava a maior parte do tempo vago estudando para as provas da faculdade de medicina veterinária. O quarto vago não estava decorado aguardando seu determinado dono no momento correto, a sala era pequena com quadros e enfeites delicados, a cozinha e os demais seguiam a mesma linha de seguimento sempre com cores claras e organizado. Ninguém acreditava que Dih tinha feito sozinha toda a decoração e muito menos que estava tão organizado era como uma casa de bonecas onde cada item tinha seu determinado lugar. As mães de Lia e Diana estavam todo final de semana por lá só que o dia-a-dia estava muito corrido desde que começaram a viver juntas e suas determinadas funções as ocupavam seu curto tempo, pois, enquanto Diana trabalhava pela manhã e terminava a faculdade à noite e só chegava ao final do dia; Liana estudava durante a manhã e ajudava em uma clínica veterinária no período da tarde, voltava do estágio e preparava algo para Diana comer quando chegasse cansada e as vezes até emburrada. Pegou o telefone assim que entrou em casa tirando o jaleco branco e jogando sobre a mesa da sala e ligou para Diana.
“_ Editora Estilo Carioca, Boa Tarde.
_ É a Lia, posso falar com a Diana?
_ Ela está em reunião poderia ligar daqui a umas duas horas?
_ Não tem como passar rapidinho?
_ Desculpe Senhora.
_ Droga, preciso saber o que ela quer de janta senão o restaurante fecha e ficaremos com fome! Avise a ela quando puder Juliana.
_ Espere um minuto Senhora, Diana irá atendê-la. (Dih passa pela sala da secretária com um sorriso encantador pegando o celular do escritório das mãos da mesma ainda correndo para sua sala com pastas na mão).
_ Boa Tarde!
_ Oi amor, quer o que para comer? Peço Japonesa ou quer que eu faça espaguete?
_ Faz para mim seu espaguete é maravilhoso amor.
_ Já foi ao médico?
_ Ainda não amanha vou sem falta!
_ Vou começar a acreditar no que Fernando disse. Você não quer ter nosso filho!
_ Juro que amanhã vou ao consultório amor me desculpe estava muito enrolada hoje e não tinha como ir... É claro que quero.
_ Depois conversamos amor, vai trabalhar te espero aqui em casa.
_ Espera...
_ O que foi?
_ Não vai dizer?
_ O que?
_ Que me ama...
_ Eu te amo mais que tudo sua chata!
_ Também te amo Lia, até logo.”

Assim que desliguei o telefone fui para a cozinha preparar o jantar enquanto Diana não voltava do escritório. Não demorou muito para o carro dela estacionar na garagem da nossa casa. Pettie saiu correndo e latindo em direção á porta, nosso cachorro de estimação foi um presente que ela havia me dado de aniversário logo depois que nos mudamos. É um Pastor Alemão, atrapalhado e bagunceiro que colocava abaixo tudo que via pela frente sem distinção de quem ou como faria a arte.

_ Boa noite meu bebê, cadê a Lia?
_ Maluca, espera ele te responder!

Ela apenas começou a rir quando nosso queridinho a derrubou no chão e começou a lamber sua face.

_ Me ajude, não seja malcriada Liana, tire ele de cima de mim!
_ Calma, “Sai Pit!”.
_ Muito obrigada, você é SUPER gentil com minha pessoa.
_ Palhaça, Como foi seu dia?
_ Hum, bom e bastante estressante não imagina o que houve! A Dyluxes publicou a mesma reportagem que nossa revista minutos depois que a edição havia sido totalmente impressa e enviada para as bancas e o produtor gráfico deles nos acusou de haver copiado.
_ E o que você fez?
_ Encaminhei para o Dudu, ele marcou uma reunião com o representante geral da Dyluxes e entramos em um acordo.
_ Isso foi na hora que te liguei?
_ Exatamente.

Joguei-me no sofá vendo televisão enquanto ela tomava o banho e trocava de roupa, finalmente era minha hora de descansar depois do trabalho que tive. Nossa noite foi engraçada como sempre, jantamos, coloquei Pettie para fora e fomos nos deitar. O que mais me incomodava era que ela sempre criava uma desculpa para não ir no médico e eu não entendia o motivo.

_ Amanhã você vai no médico não é? Quer companhia? Eu posso te ajudar...
_ Amanhã?
_ Sim, porque não iríamos?
_ Você tem razão, mas não se preocupe cuide das suas tarefas que eu irei sozinha.
_ Mas eu queria ir...
_ Não precisa Liana! É sério irei com o Fernando ele me encontrará mais cedo no meu escritório e resolvemos tudo. (fiquei calada por um tempo enquanto processava a forma na qual ela havia falado “resolvemos tudo!” parecia uma reunião de negócios ou uma decisão que ela precisava tomar por obrigação) Esqueça...
_ Por quê? Eu quero ir!
_ Não está interessada, está fazendo por obrigação. Se você tem vergonha não deveria ter aceitado morar comigo.


Claro que estava com raiva daquela situação. Eu estava mais do que animada para ter uma criança naquela casa e não me importava com o que dissesse minha mãe ou a mãe dela, tinha certeza que tudo daria certo se ficássemos juntas.
_ Não fica assim Lia, eu quero muito isso também. (Dih apoiou os braços sobre meu corpo virado do lado contrário a ela dando beijos na minha face tentando me acalmar)
_ Tem certeza?
_ Amanha eu irei com o Fernando vai ficar tudo bem.Meio de má vontade nos beijamos e a noite passou voando, aquilo havia ficado na minha cabeça. Talvez fosse os ciúmes de pensar que ela preferia a companhia do Fernando a minha. De qualquer forma pela manhã ela acordou ás 6h como de costume, se arrumou elegantemente social e foi para o escritório. Quando despertei, ela já havia saído e eu ainda tinha minhas obrigações para cumprir. Tentei deixar de lado e não ligar para Diana, mas a curiosidade estava me matando então peguei o telefone.
_ Que seja eu vou ligar.
_ Alô, Diana?
_ Só um minuto querida. Já terminei de preencher a ficha de cadastro Srta Nancy.
_ Desculpa, está ocupada?
_ Não se preocupa amor, eu estou com a secretária do Dr. Flávio Macedo e estava entregando a ficha para a secretária.
_ Não está trabalhando?
_ Faltei, já havia avisado ontem ao Dudu que ele teria de me substituir hoje. Estava tudo combinado.
_ Idiota, porque não me disse ontem isso?
_ Porque é mais engraçado te ver nervosinha com essas besteiras. Como pode pensar que eu não iria ao médico?
_ Foi mal.
_ Te amo agora tenho que ir!
_ Ok, me liga quando acabar.
_ Pode deixar amor.
Pettie pulou no meu colo lambendo meu rosto, o afastei de mim e afaguei o pelo macio dele com um sorriso bobo na face.
_ É eu sou uma idiota mesmo HAHAHA não precisa jogar na minha cara!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Broke Side – Cap 35

35



Era quase 10h da manhã quando Adam se levantou, tomou um banho demorado e desceu para pegar um café da manhã para Flávia que ainda dormia tranquilamente. Não havia ninguém na cozinha além de Diana que fazia a comida. Entrou sorridente e foi até a menina abraçando-a pelas costas.

_ Bom dia Diana. ( Dih leva um susto quase
derrubando a panela do fogão que só não cai por causa de Adam que passa as mãos pela cintura de Diana em direção a panela e segura dando uma risada próxima ao ouvido da menina ) Não fique tão nervosa, não mordo.
_ Bom dia Adam, não precisava ser tão silencioso. Nem ao menos ouvi sua respiração quando entrou...
_ É minha especialidade a camuflagem.

Diana apenas ria olhando para o rapaz que soltou-a indo ao armário pegando biscoitos e frutas montando o café da manhã na bandeja.

_ Ah que lindo, café na cama para a Flá? Ela vai amar!
_ Tem algum remédio para dor de cabeça ?
_ Sim, na caixa de primeiros socorros.
_ Ok.
_ Ela está bem? O que houve ?
_ Nada, depois conversamos Dih. Vou subir para a minha bebêzinha.
_ É alguém tem que conversar com você...

Adam não chegou a ouvir essa ultima frase pois Diana só a pronunciou quando o rapaz já estava no meio da escada, mas estava certa de que ele sabia muito bem o que aconteceu noite passada.
_Me passa um pouco do chocolate!
_Nem pensar, vai concertar a besteira que fez ontem com a Flávia...
_Vai me deixar com fome agora? Vou te denunciar por esfomear uma pobre menina indefesa. (cruzou os braços olhando furiosa para sua namorada)
_Indefesa? Você embebedou a Flá Liana, vai agora senão ficará com fome.
_E desde quando você cozinha? Deve estar fazendo uma gororoba aí que eu sei. (Diana estava fazendo o almoço de hoje já que todos estavam ocupados e cansados demais e o que ninguém imaginara era que ela realmente sabia fazer coisas gostosas e preparou um cachorro-quente que cheirava muito bem e Lia sem se agüenta cheirou a panela curiosa para saber o que era)
_Gororoba? Tudo bem então não comerá!
_É o que hoje?
_ Não... É uma porcaria minha comida.
_É cachorro-quente amor?
_Hum... Sou amor agora? (Riu Diana ao olhar de canto de olho para a menina)
_Cheiro bom... Você sempre foi oras! (Abraçou Diana por trás na tentativa de convencê-la e beijou seu pescoço)
_Peça desculpas ou nada de comida!!
_Droga, já volto... (resmungou e saiu correndo da cozinha)
Foi até a sala onde já estavam Adam e Flávia abraçados assistindo a Casa Blanca, Lia entrou meio desconfiada e o rapaz logo a olhou atravessado enquanto Flávia o segurou pela mão.
_DESCULPA, desculpa me desculpa. (Disse fechando os olhos e abaixado a cabeça) Só queria que ela se soltasse um pouco!
_ Poderia ter causado algum problema Lia, ela não é acostumada a beber, até striptease ela fez para mim ontem foi incrível.
_Hum, besta então você se deu bem! (Deu um sorriso piscando para Adam que levou um tapa por comentar o desnecessário)
_De qualquer forma não faça mais isso!
_ Tá pode deixar, agora diz a Diana que você me perdoa senão eu vou ficar com fome hoje...
A menina saiu empurrando Adam porta afora, logo o almoço estaria servido para todos lá dentro só que mal eles sabiam que havia um motivo para aquilo tudo, pois, Liana queria comunicar um fato a todos muito importante. Eles estavam reunidos na mesa e Diana estava servindo o almoço colocando prato por prato sobre a mesa e todos olhavam boquiabertos.
_Nossa que mudança está com um cheiro ótimo!
_Eu tenho meus momentos sabe? (Entre risos sentou-se ao lado de Liana que logo segurou a mão da menina e anunciou a seus companheiros que estavam envolta da mesa)
_O que está esperando? Estamos curiosos!
_O casalzinho atacado esperem porque tem mais convidados ainda para chegar.
_Ham? (Diana olha confusa para Lia) Como assim? Porque não me avisou?
_Calma, calma.
A campainha então toca e ela levanta correndo para atender enquanto Adam, Flávia e Diana se entreolhavam sem entender o que estava acontecendo e ficou pior de entender depois que entraram as mães de Lia e Dih rindo e sorridentes que já vieram dando “Boa Tarde” e sentando-se junto aos outros na mesa e aí sim Diana ficou olhando com uma cara de IDIOTA para Lia que voltou ao lugar de antes ao lado dela enchendo o rosto da mesma de beijos carinhosos.
_Tenho uma surpresa para você minha linda!
“Ai o que ela está fazendo? Minha mãe está aqui a tia também... ai meu deus!”
Lia então se pôs de pé meio vermelha e sem graça ao mesmo tempo por fazer algo assim sem comunicar a ninguém só que Diana merecia depois de tudo que passaram e ela a-amava demais.
_Bem, mãe eu sei que demorei muito a assumir isso, mas eu amo a Diana quero mesmo agradecer a ela e a você Tia por deixar que a Dih estivesse comigo nos momentos mais complicados da minha vida. O acidente mexeu muito comigo sim eu assumo e foi complicado ter que colocar tudo de volta no lugar na minha mente só que enfim eu consegui e tenho uma coisa importante a dizer por isso reuni todo mundo aqui para comer o cachorro-quente da Diana que por INCRÍVEL QUE PAREÇA está com um cheiro ótimo, o gosto eu não posso garantir. (rindo Diana dá um tapa no braço dela que sorri com os olhos brilhando) Amo você! Mãe eu comprei passagens para Fernando de Noronha passar 3 dias por lá em um hotel maravilhoso com a Dih para comemorar um acontecimento muito incrível.
_Fernando de Noronha? (Diana estava boquiaberta, branca, estática)
_Carol usou o meu contrato para fazer o teste de vocal na gravadora e passou ela assinou o contrato e vai gravar um CD que será lançado ano que vem e para se desculpar ela me perguntou se poderia fazer algo... Qualquer coisa...
_ Lia minha filha, sabe que já passou você não teve culpa de nada.
_ Mãe eu quero fazer isso!
_ É lindo de sua parte minha querida, tenho certeza que minha Dih vai ficar encantada com a sua atitude. CONTE, CONTE!
_Então, Diana... Quero duas coisas muito importantes... Uma é lhe informar que o pedido que eu fiz a Carol foi para ela conseguir um emprego para você como editor no novo jornal que o pai dela comprou. O “estilo carioca”, você irá começar justamente quando voltarmos da viagem...
Todo mundo ficou estático e Diana não sabia o que falar de tão emocionada, começou a chorar muito! Era seu maior sonho, ser editora! E a Lia havia feito aquilo sem que ninguém pedir.
_Ah, LIAA.
_Espera... Tem mais!
_ Mais ?
_Aham... Diana você quer morar comigo?
_Claro que eu quero Liana!